Diretor do Sistema Nacional de Cultura representou o MinC no evento com forte presença da sociedade civil

Com mais dois mil inscritos em pré-conferências temáticas, a cidade de Belo Horizonte realizou a maior conferência municipal de cultura de sua história. Em cinco dias de programações, foram contabilizados 724 participantes (600 da sociedade civil e 124 do poder público). Entre eles, estava o diretor do Sistema Nacional de Cultura e secretário-executivo do Conselho Nacional de Política Cultural do Ministério da Cultura (MinC), Junior Afro.

“No campo da cultura, a perspectiva de dialogar sobre a política cultural deve ser feita nos territórios, onde tudo acontece. Esse momento demonstra a força da organização do setor cultural, e a integração do governo e da sociedade, com o objetivo de fazer com que as políticas culturais tenham fôlego e estejam alinhadas ao calendário nacional”, ressalta o representante do MinC.

A VII Conferência Municipal de Cultura de Belo Horizonte mobilizou, no último final de semana, atores culturais da capital mineira, tendo como destaque a participação em peso da comunidade, destaca a secretária municipal de cultura, Eliane Parreiras.

O evento, conforme diretriz do MinC, é alinhado à 4ª Conferência Nacional de Cultura (CNC), com o tema Democracia e Direito à Cultura. Estratégias para políticas culturais foram discutidas no âmbito do Fomento, Economia da Cultura e Economia Criativa; Fortalecimento Institucional e Participação Social; Diversidade Cultural e Territórios; Política das Artes; e “Identidade, Patrimônio e Memória” – eixos orientadores da atividade.

“Foram realizadas reuniões preparatórias e pré-conferências, e grupos de trabalho, que permitiram a coleta de contribuições valiosas da população em diferentes áreas da cultura. Ao longo dos últimos dois dias de encontro, os participantes tiveram a oportunidade de discutir uma ampla gama de temas relacionados à cultura, incluindo políticas públicas culturais, fomento à produção artística e ao patrimônio cultural”, ressalta Eliane, também presidente do Fórum Nacional de Secretários Municipais de Cultura. A secretária de cultura da capital mineira ainda celebra “ideias inovadoras para o desenvolvimento contínuo do setor cultural em Belo Horizonte”.

Deliberações

A criação de um Observatório da Cultura até 2024, com ações voltadas à transparência de dados com diagnósticos, mapeamentos, inventários, pesquisas, entre outros mecanismos. Essa foi uma das deliberações resultantes da VII Conferência Municipal de Cultura de Belo Horizonte.
Outra medida definida foi o desenvolvimento, até 2025, de uma política continuada para o carnaval no âmbito do Plano Municipal de Cultura. Vale lembrar que a data comemorativa cresceu muito ao longo dos últimos anos, subindo no ranking de uma das maiores festas a atrair turistas.

Também com meta de criação até 2025, foi deliberada proposta para instituir projeto intersetorial continuado entre as Secretarias de Cultura, de Educação e de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania. Nesse trabalho compartilhado, o objetivo é construir ações voltadas a crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social nas áreas de artes, livro e leitura.

Políticas de gestão de acervos museológicos devem ser elaboradas com base em um inventário sobre condições de guarda e estado de conservação de acervos municipais. O prazo para isso é de dois anos. Essa foi outra deliberação da Conferência em Belo Horizonte.

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